OSÉIAS LEIVAS
OSEIAS
LEIVAS
Oséias Leivas Silva nasceu em Porto Alegre no ano de 1971.
De formação autodidata e grande apuro no olhar, desenvolveu sua técnica estudando vários mestres de pintura, do clássico ao moderno, observando as nuances dos pincéis, da luz e da composição de cada autor, buscando a própria linguagem expressa hoje no hiper-realismo da pintura a óleo e de novas interferências com colagem, acrílica, aquarela e desenho em programas vetoriais de computador.
O desenho veio para ele muito antes de entender o significado da palavra escrita. Veio de forma curiosa, em busca da forma, das insinuações que se esboçam em cada curva de uma linha ou nas graduações tonais pigmentadas.
O estudo dos mestres renascentistas e particularmente o holandês Rembrandt, foram meus principais referenciais de qualidade e apuro técnico. As tardes de pinturas em companhia do tio Alfredo marcam seu primeiro contato com as tintas a óleo, o cheiro dos solventes, revistas, livros e o apreciar obras de outros artistas contribuíram no povoamento de seu imaginário pictórico.
De graduação em fotografia, seu trabalho margeia as técnicas destes dois mundos, pintura e fotografia que muitas vezes confunde o observador. Tenta documentar um olhar que esbarrou ao encontro da câmera. Entre observação, técnica e artista, ficam o trabalho, as obras que representam este trânsito entre diferentes estilos. Técnicas e temáticas, tudo passa a ser parte de um auto aprendizado que utiliza a arte como pretexto de observar o entorno.
SÉRIE ARAUCÁRIAS
O vermelho china são as brasas, as feridas no interior de seus galhos rotos. Sobraram as manchas, a borra do pós-queimada como vestígios trágicos descritivos de denúncia. Seu tronco e galhos encerra uma hemorragia de cor que se espalha quase acidentalmente pela superfície da tela, em um processo simbiótico rumo à um significado, que observando mais atentamente, verte do corte que se revela sobre a tinta expeça, uma oleosidade que rejeita se misturar com o líquido da tinta.
Os gestos mais longos, quase cortam o pano da tela. Um duelo expressivo, corporal, gestual que legitima os conflitos presentes no ato apocalíptico de catarse. Se esta busca fosse por uma representação de algo carnal, ósseo, as linhas seriam o que restou de sua espectral forma, os restolhos em uma ferragem após o primeiro ataque corrosivo.
Quando este embate de catarse entre tinta e artista é concluída e o desejo de riscar na superfície encontra equilíbrios equivalentes, para corrigir os pequenos excessos líquidos, flocos de papel são utilizados para sugarem o excedente da batalha, como em um pós-operatório, curando as anunciações plásticas. Depois contribui o tempo, a temperatura, como em qualquer recuperação cauterizadora e a umidade vai-se enrijecendo e deixando as suturas expostas.
Com esta temática estou trabalhando dentro de uma tendência de arte contemporânea.
ÚLTIMAS EXPOSIÇÃO
2003 – Projeto Arte Design Eletrolux Curitiba PR de 08 a 30/04/2003
2003 – MARÇO -Muller Shopping Center Piso G2 Curitiba PR – Março
2003 – ABRIL -Hall da Secretaria da Cultura do Estado do Paraná Curitiba PR 2008 DEZEMBRO – Menina dos Olhos – Curitiba – PR
OBRAS DO ARTISTA